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Sem impostos, sem serviços básicos

Os impostos são uma forma de financiar os serviços governamentais em áreas como saúde, educação, segurança, infraestrutura e outras atividades que beneficiam a população em geral

Nesta quinta-feira (6), a sociedade amazonense evoca o Dia Livre de Impostos, data que faz parte das ações de algumas entidades representativas.

Longe de ser algo efetivamente salutar para a economia do Estado, pensar uma particularidade como essa é imaginar um sociedade com menos escolas, hospitais, segurança, com uma base negativa na oferta de serviços públicos.

Ao mostrar apenas um lado no cenário das políticas públicas tributárias, a imprensa e as instituições que aderem a esse pensamento descolado da realidade contribuem tristemente para uma distorção no entendimento do ciclo de financiamento dos serviços públicos.

Nós, do Sindicato dos Fazendários do Amazonas (SIFAM), deixamos claro que o índice de utilização dos impostos arrecadados para o apoiamento na prestação desses serviços ainda está aquém do nível necessário para o ideal desejado.

Ademais, ainda há a incidência de maior carga tributária sobre o consumo em detrimento da renda, algo que segue como grave problema na desigualdade social, aqui entendida como a diferenciação de classes por questões de renda, cultura, política, espaço geográfico e demais atribuições que evidenciam o favorecimento de determinadas pessoas em detrimento de outras.

É preciso repensarmos o papel fundamental dos impostos por meio das políticas de atuação da Educação Fiscal nos estabelecimentos públicos de ensino, seja fundamental ou superior, a fim de garantirmos a visão e formação mais holística sobre a importância dos tributos em uma sociedade.

Afinal, são eles que garantem o funcionamento da máquina estatal e o seu complexo mecanismo que viabiliza os serviços diários indispensáveis à população como um todo.

Emerson Queirós 

Presidente