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Sindicatos e MP vão receber denúncias de assédio eleitoral no trabalho

As centrais vão disponibilizar a partir da próxima semana um aplicativo onde será possível ao servidor público denunciar essa prática antidemocrática

Assédio eleitoral é crime e, desde 2022, o número de denúncias só tem crescido, no Brasil.

A prática costuma acontecer durante o pleito e ocorre quando a administração de uma secretaria de governo resolve apoiar abertamente um candidato.

Para evitar que um servidor público sofra a pressão direta ou indireta dos chefes imediatos para votar em determinado candidato, as centrais sindicais lançaram, na última terça-feira (3), um aplicativo onde é possível que o servidor público denuncie essa prática antidemocrática.

O Sindicato dos Fazendários do Amazonas (SIFAM), instituição signatária do Comitê Amazonas de Combate à Corrupção (CACC), apoia quaisquer iniciativas que resultem em eleições limpas e livres, e para o estado democrático de direito. (Leia mais sobre o Comitê)

Aplicativo

No aplicativo, lançado em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras entidades, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e a Pública Central do Servidor, os cidadãos podem denunciar o crime de assedio eleitoral na página do Fórum das Centrais Sindicais.

O aplicativo será disponibilizado para todo o público do país na segunda semana de setembro, conforme comunicado.

Os sites das centrais e o MPT vão colocar em suas páginas o QR Code onde o trabalhador, com seu celular, poderá acessar o canal e denunciar se estiver sendo vítima de assédio eleitoral no ambiente de trabalho.

O assédio eleitoral, muitas vezes, ocorre de maneira sutil, segundo a procuradora do MPT, Priscila Moreto, quando um empregador defende que seus funcionários votem em determinado candidato porque, assim, a empresa continuará crescendo.

“Caso o trabalhador não vote no candidato da secretaria, a administração  diz que haverá certas mudanças, o que resulta geralmente em perda de cargos de confiança. Essa é uma das formas do assédio eleitoral”, disse a Procuradora.

*Com informações da Agência Brasil