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Amazonas deverá debater, em Brasília, sobre os desafios do uso de gás natural

O Estado vem registrando seguidos aumentos na produção e se transformou em importante protagonista do mercado brasileiro no segmento

Representantes do Amazonas deverão participar de um debate, na próxima terça-feira (7), em Brasília, na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços sobre os desafios do uso de gás natural.

O Estado tem interesse direto nessa discussão, já que suas terras compreendem 10,8% das reservas provadas de gás convencional no Brasil (terra e mar) – ou cerca de 41 bilhões de metros cúbicos, conforme dados de 2021.

Líder

Além disso, de acordo com o que projeta a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que presta serviços ao Ministério de Minas e Energia (MME) na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético, a produção de gás no Estado pode chegar a 12 milhões de m³/dia até 2030 – um crescimento de cerca de 34% em relação ao nível de 8 milhões de m³ registrado em 2021.

Esse volume de produção põe o Amazonas na dianteira da indústria de petróleo e gás onshore (aquela que ocorre dentro do país).

O potencial para o Amazonas ser o líder na produção advém da entrada de novas jazidas já conhecidas e de blocos que foram recentemente desenvolvidos, sobretudo os blocos SOL-168 e SOL-191, na Bacia de Solimões.

Reservas

O deputado Josenildo (PDT-AP), que solicitou o debate, destaca que o Brasil possui reservas significativas de gás natural, mas que a plena realização desse potencial esbarra na necessidade de investimentos em infraestrutura de transporte e distribuição, atualização do marco regulatório para incentivar investimentos e a integração do gás natural nas políticas de transição energética.

Com o debate, o deputado Josenildo espera reforçar o papel do Legislativo na promoção de um diálogo construtivo e na formulação de políticas públicas que incentivem o desenvolvimento seguro do combustível.