Especialistas defendem projetos de incentivo à indústria nacional de fertilizantes
Participantes de uma audiência pública na Câmara dos Deputados defenderam a aprovação de pelo menos dois projetos de lei, pelo Congresso Nacional, que reduziriam a dependência brasileira da importação de fertilizantes.
A ideia dos parlamentares é impulsionar a produção agropecuária sustentável para tornar o país mais competitivo.
O Amazonas vê com bastante interesse essa audiência, vez que o novo modelo econômico pensado para o Estado para substituir o atual traz como uma das prerrogativas a exploração mineral da silvinita, no município de Autazes, a 112 quilômetros em linha reta da capital amazonense.
Projeto
O projeto de futuro do Estado, segundo o presidente do Sindicato dos Fazendários do Amazonas (SIFAM), Emerson Queirós, é mudar a base industrial para se adaptar às exigências de uma nova ordem econômica mundial voltada para a economia verde.
“Esses projetos a serem discutidos servirão de alternativas complementares e visam a fortalecer a indústria de fertilizantes nitrogenados, por meio de hidrogênio verde. O Amazonas já conta com tecnologias que podem ser agregadas para diminuir a dependência externa de fertilizantes no país, a partir dos investimentos no setor energético sustentável”, enfatizou Queirós.
Fertilizantes
Brasil importa 87% de todos os fertilizantes usados no agronegócio. Aqueles que possuem nitrogênio em sua composição desempenham papel fundamental na agricultura brasileira.
Ocorre que a produção convencional dos fertilizantes nitrogenados envolve processos que geram altas emissões de carbono. Alternativamente, o uso de hidrogênio de baixo carbono na composição reduziria as emissões de gases de efeito estufa.
Assessor executivo do Ministério da Agricultura e Pecuária, Jose Carlos Polidoro acredita que o Brasil tem condições e conta com demanda importante para desenvolver uma indústria nacional de fertilizantes.
“Temos o Plano Nacional de Fertilizantes, e todos os ministérios que são âncora desse programa apoiam o projeto de lei. Ele precisa ir para sanção presidencial ainda este ano. Ele trará a alavanca econômica necessária para que os investimentos aconteçam na produção de fertilizantes em qualquer cadeia”, defendeu Polidoro.
*Com informações da Agência Câmara