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‘Rasteira’ de partidos deixa bancada do Amazonas de fora dos GTs da Reforma Tributária

Havia compromissos dos líderes dos partidos em indicar ao menos um representante do Estado nas discussões

Sinal de alerta soou para as vantagens fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM). A preocupação vem com a constatação de que nenhum dos oito parlamentares amazonenses vai compor os dois grupos de trabalho (GTs) para a regulamentação da reforma tributária.

Ao que tudo indica, os parlamentares amazonenses levaram “rasteira” dos seus partidos políticos. Os líderes haviam prometido fazer essas indicações, mas não cumpriram a promessa.

De acordo com o deputado Pauderney Avelino, havia um compromisso do seu partido, o União Brasil, assim como do líder, para indicá-lo, assim como o PSD indicaria o deputado Sidney Leite. Mas nenhum nem o outro fez a indicação prometida e o Amazonas ficou sem representação.

“Ao que me parece, após conversar com o líder do meu partido [Elmar Nascimento – União Brasil-BA], o presidente Arthur Lira (PP-AL) disse que prioridade dele foi com outros nomes, talvez mais próximos dele. Entendo que houve aí uma quebra de compromisso que havia sido previamente assumido”, disse Avelino.

Garantias
O deputado afirmou também que conversou com o coordenador da bancada do Amazonas no Congresso, senador Omar Aziz (PSD) e com o senador Eduardo Braga (MDB) sobre essa exclusão.

A informação é de que Lira teria garantido aos senadores do Amazonas que a ZFM estará preservada na regulamentação da reforma tributária. Portanto, não tinha com que se preocupar.

“Claro que eu me preocupo, pois, não tem ninguém do Amazonas para lutar, arredondar o que veio do Executivo nesse projeto de lei complementar. Então, nós vamos estar presentes em qualquer circunstância. Vou acompanhar esse grupo de trabalho e todo o processo da regulamentação da reforma tributária”, disse Avelino.

Estratégia

Logo, sem compor nenhum grupo de trabalho, a bancada de deputados, nesse primeiro momento, precisa de uma ação estratégica para manter vantagens do modelo fabril no projeto de lei complementar 68/2024.

“Acreditamos na Zona Franca, mas precisamos de segurança jurídica. Torcemos que os ajustes necessários à Reforma Tributária sejam feitos, a fim de proporcionar perenidade às empresas do nosso polo”, disse a gerente da Recofarma Indústria do Amazonas, Milena Perez, externalizando a preocupação da quarta maior fábrica de concentrados da Coca-Cola no mundo.

Fonte: BNC