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Inscrições Abertas para 2ª Turma do Curso Introdução à Análise do Insumo-Produto

Já estão abertas as inscrições com número limitado de vagas para segunda turma do Curso Introdução à Análise do Insumo-Produto. O curso é uma excepcional oportunidade de imersão em tema de qualificação moderno para a formação técnica.

O curso ocorrerá de 9 a 13 de abril, das 8hs às 12hs, tendo como local sala de Treinamento da Sefax – Aleixo.

Veja foto da primeira turma de realização do curso:

O curso é uma parceria com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e traz como mote a atualização e capacitação sobre o modelo de análise macroeconômica que captura as relações das cadeias produtivas a partir das variáveis regionais, como renda, emprego, consumo, grau de investimentos, impostos, entre outros.

As aulas serão ministradas pelos mestres em Desenvolvimento Regional, professor Renato Mendes Freitas e professora Ana Cláudia Monteiro, ambos da Universidade Federal do Amazonas.

Estão sendo disponibilizadas 19 vagas para profissionais fazendários da Sefaz-AM e nove para associados cadastrados no sistema do SIFAM. Além disso, são oferecidas vagas específicas para servidores do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti), Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e demais Secretarias de Estado.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3611-1264 ou pelo email do sindicato (sifam@sifam.org.br).

A importância do Tema do Curso

Ana Claudia de Azevedo Monteiro e Renato Mendes Freitas

A Matriz de Insumo-Produto (MIP) é um modelo de análise macroeconômica que captura as relações intersetoriais da estrutura produtiva de uma região com base no estágio tecnológico de produção possibilitando um vasto instrumental analítico sobre: as variáveis de produção, renda, emprego, consumo, investimentos, impostos; a identificação dos setores-chave regionais; o detalhamento do comércio inter-regional e internacional; e estudos e simulações de impactos econômicos, fiscais e ambientais como resultado de mudanças exógenas na demanda final de uma ou mais variáveis do sistema econômico. Essa poderosa ferramenta tem sido especialmente utilizada para subsidiar decisões de Políticas Públicas de Desenvolvimento apontando de forma técnico-científica quais as melhores e mais eficazes alocações de recursos público e privados para a obtenção de determinados objetivos.

As investigações que abordam as relações intersetoriais e os efeitos multiplicadores advindos do fluxo circular da renda tornam-se essenciais para o entendimento dos impactos das políticas macroeconômicas e de desenvolvimento regional, ou mesmo dos choques produzidos por variáveis exógenas às economias regionais e que resultarão em distintas reações no comportamento dos agentes e das atividades econômicas em cada estado.

Uma das maneiras mais eficientes de se expressar os agregados macroeconômicos e analisar as relações intersetoriais e os efeitos multiplicadores de uma economia é através da construção da Matriz de Insumo-Produto (MIP). A partir dos trabalhos iniciais de W.W. Leontief nos anos de 1930, a análise de Insumo-Produto “transformou-se num dos métodos mais largamente aceitos de planejamento econômico e de tomada de decisão. (…) O insumo-produto interessa-se principalmente pelos métodos de análise da interdependência entre as indústrias ou setores de uma economia” (CHIOU-SHUANG, 1975, p.VII). Conforme o próprio Leontief:

“A análise de Insumo-Produto é uma extensão prática da teoria clássica da interdependência geral que vê a economia total de uma região, país, ou mesmo do mundo todo, como um sistema simples, e parte para descrever e para interpretar a sua operação em termos de relações estruturais básicas observáveis” (Leontief, 1987, p. 860).

A clara necessidade de municiar o processo de Planejamento de Políticas Públicas e ao mesmo tempo nortear os Investimentos para atividades de maior eficácia nos resultados pretendidos tornam a análise de insumo-produto uma ferramenta de suma importância para a tomada de decisão, especialmente àquelas que visam à diminuição das desigualdades regionais, a melhor distribuição da renda, e o maior retorno social dos investimentos. A gama de possibilidades de análises a partir da teoria de insumo-produto pode ser estendida a diversas áreas e estudos através de modelos e de multiplicadores. Segundo Joaquim J. M. Guilhoto (2004, p. 47-53) pode-se apontar a análise de insumo-produto como instrumental para: a) análises estruturais e de impacto; b) estudos de meio ambiente e recursos naturais; c) distribuição de renda; d) construção e atualização de matrizes; e) matrizes de contabilidade social (MCS); f) modelos econométricos de insumo-produto; g) modelos aplicados de equilíbrio geral.

É com esse intuito que este Curso de Introdução à Análise de Insumo-Produto busca contribuir para a disseminação e incorporação na cultura institucional da aplicação do ferramental do insumo-produto a economia do Estado do Amazonas.

Conheça aqui a MINUTA COMPLETA do Curso

  1. Introdução

O SIFAN em parceria com a SEFAZ/AM e a SUFRAMA através da Coordenação Geral de Estudos Econômicos e Empresariais (COGEC) realizará, no período de 26/02/2018 a 02/03/2018, noturnomatutino, o CURSO: Introdução à Análise de Insumo-Produto, visando o aprimoramento e a capacitação dos seus servidores lotados naquela Secretaria na temática da Matriz Insumo-Produto (MIP) e da Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Sistema de Contas do Brasil que tem como um dos principais resultados a mensuração do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, das Unidades da Federação e dos Municípios cujas informações são elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em colaboração com a Suframa e as Instituições de Planejamento e Estatísticas (IES)dos Estados da Federação. O treinamento envolverá recursos humanos internos da autarquia como instrutores sendo o SIFAN e a SEFAZ os organizadores do treinamento proposto quanto o público-alvo que participará do referido Curso.

  1. Objetivo Geral

Capacitar e aprimorar as habilidades de servidores e colaboradores das instituições na temática da Matriz Insumo-Produto (MIP) e Tabela de Recursos e Usos (TRU) das Contas Nacionais e Regionais do Brasil de maneira a estimular a compreensão, a análise e a aplicação das informações e dos agregados macroeconômicos produzidos pelo Sistema de Contas do Brasil e as possibilidades de elaboração de estudos sobre cenários, impactos e planejamento econômico, fiscal e ambiental através do ferramental da Análise de Insumo-Produto.

Objetivos Específicos

  1. Entender o determinante histórico, a natureza e a abrangência geográfica dos Sistemas de Contas Nacionais;
  2. Compreender as dimensões, os produtos e os subprodutos do Sistema de Contas Nacionais do Brasil;
  3. Entender a mensuração das Contas Regionais do Brasil;
  4. Entender a sistemática da Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Brasil e do Amazonas;
  5. Compreender as possibilidades de análises e aplicações da Matriz de Insumo-Produto (MIP) do Brasil e do Amazonas como instrumental de planejamento econômico, fiscal e ambiental.

 

  1. Ementa
    • Apresentação da Análise de Insumo-Produto
      • Teoria básica da Análise de Insumo-Produto
      • Formulação algébrica das relações envolvidas
      • Exemplos de aplicação do ferramental
    • Apresentação do Sistema de Contas Nacionais
      • Arquitetura Geral do Sistema de Contas
      • Abrangência do Sistema de Contas
      • Os Circuitos Econômicos (Nacional e Regional)
      • Os Manuais do Sistema de Contas
      • Níveis de Valoração dos Agregados
      • Os Circuitos Econômicos (Nacional e Regional)
        • Níveis de Valoração dos Agregados
        • Classificação de Atividades X Produtos
      • Elementos Centrais do Sistema de Contas Nacionais
        • A Tabela de Recursos e Usos (TRU)
        • A Conta Econômica Integrada (CEI)
        • Os Agregados Econômicos
        • As Óticas de Mensuração do Produto Interno Bruto (PIB)
      • Elementos Derivados da TRU e da CEI no Sistema de Contas
        • A Conta Trimestral e o a Conta Anual Definitiva
        • As Contas Regionais e o PIB dos Municípios
        • A Matriz de Insumo-Produto e As Contas Satélites
      • Contas Regionais do Brasil
        • Breve Histórico das Contas Regionais do Brasil
        • Bases 1985 e 2002
        • Nova Base 2010
        • Planilhas de Trabalho
        • Alguns Resultados
      • Componentes de Mensuração do Produto Interno Bruto e da Renda:
        • Consumo Intermediário, Consumo Final das Famílias, Formação Bruta de Capital Fixo
        • Produção e Consumo Intermediário
        • Valor Adicionado
        • A Conta de Geração da Renda das Atividades
        • A Fronteira de Produção
        • Os Impostos sobre a Produção e Importação e O Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA)
        • O Produto Interno Bruto (PIB)
        • As Contas da Renda e as Contas de Uso da Renda
        • Os Setores Institucionais
        • A Renda e o Consumo das Famílias
        • As Transações de Repartição da Renda
        • Demais Impostos
        • As Transações sobre o Patrimônio no Circuito Econômico;
        • A Conta Financeira
        • As Contas de Acumulação
        • As Contas de Patrimônio
      • Aplicação dos conhecimentos:
        • Mensuração de Contas em BARÉLÂNDIA

 

  1. Justificativa

A compreensão do instrumental da Análise de Insumo-Produto e doSistema de Contas Nacionais e Regionais do Brasil, e em especial, àquela voltada aos Elementos Centrais (TRU e MIP) com a assimilação dos conceitos norteadores das óticas de mensuração, bem como àquela voltada ao entendimento e a aplicação dos Elementos Derivados do Sistema de Contas Nacionais, requer de técnicos e estudiosos muito esforço pessoal e um tempo razoável para o domínio dos mecanismos envolvidos nas inúmeras operações advindas do Sistema de Contas. A explanação doconteúdo do Curso proposto se justifica à medida que aborda de maneira sistemática e através da exemplificação,as diversas operações que são realizadas no Sistema e que resultam em uma gama de Agregados Macroeconômicos Nacionais e Regionais lançando um pouco de luz acerca de um assunto tão complexo quanto obscuro para muitos servidores e colaboradores das Instituições de Planejamento, Estatística, Fiscal e Ambiental das Unidades da Federação.

 

  1. Metodologia

A metodologia utilizará o estudo dirigido em material didático de apoio produzido pela Coordenação de Estudos Econômicos e Empresariais – COGEC/SUFRAMA a partir de conhecimentos prévios, cursos e apresentações adquiridas em parceria com a Equipe de Contas Regionais do IBGE. Além disso, o Curso se desenvolverá com utilização de apresentação (em Power Point) e terá aplicação de exemplos e exercícios de fixação que serão corrigidos para retirada das possíveis dúvidas.

  1. Materiais

Para a realização do minicurso serão utilizados quadro branco, pincéis coloridos, material didático impresso e digital, projetor e apresentação em Power Point.

  1. ReferênciasBibliográficas

CHIOU-SHUANG, Yan. Introdução à Economia de Insumo-Produto. Forum Editora Ltda, São Paulo, 1975.

CONTAS REGIONAIS DO BRASIL – 2002/2012. Contas Nacionais, nº 42, IBGE, Rio de Janeiro, 2014.

NGO TicCuc; Jaques MARGUIEZ (INSEE). Curso “KANGARÉ – Iniciação à ContabilidadeNacional”.Versão em português elaborado pela equipe do IBGE, 2007.

FEIJÓ, Carmen A.; RAMOS, Roberto L. O. (org.). Contabilidade Social. 4ª ed. rev. e atualiz. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013 (2ª. tiragem).

FOCHEZATTO, Adelar. O modelo de insumo-produto regional.Boletim Estatísticas Públicas, nº 04. ANIPES – Associação Nacional das Instituições de Planejamento, Pesquisa e Estatística. Salvador, novembro, 2008, disponível em: www.anipes.org.br.

FREITAS, Renato Mendes. A Matriz Contabilidade Social Regional e as Relações Intersetoriais do Amazonas – 2004. Monografia apresentada na Faculdade de Estudos Sociais, para obtenção de grau no Curso de Economia. UFAM, Manaus, 2008.

FREITAS, Renato Mendes. Análise da Estrutura Produtiva do Amazonas do Estado do Amazonas. Dissertação apresentada na Faculdade de Estudos Sociais, para obtenção de grau de Mestre em Desenvolvimento Regional. UFAM, Manaus, 2011.

GUILHOTO, Joaquim J. M. Análise de Insumo-Produto: Teoria e Fundamentos. Notas de Aulas, São Paulo, 2004.

HADDAD, Paulo. Contabilidade Social e Economia Regional: Análise de Insumo-Produto. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.

MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO DO AMAZONAS/2006 (MIP-AM/2006). Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM).Termo de Acordo de Cooperação Técnica nº 001/2009. Manaus, 2012, disponível em: http://www.suframa.gov.br/publicacoes/mip/mip_am_2006_rev_015_para_publicacao_final.pdf.

MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO DO NORTE: 1980/1985 – Metodologia e Resultados. Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM, Programa de Estudos e Pesquisas nos Vales Amazônicos – PROVAM, Belém, 1994.

MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO: BRASIL: 2000/2005, Contas Nacionais, nº 23, Rio de Janeiro: IBGE, 2008.

MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO: MINAS GERAIS – 2005, Notas Metodológicas.Fundação João Pinheiro – FJP, Belo Horizonte, 2009.

MILLER, Ronald E. & BLAIR, Peter D. Input-Output Analysis: Foundations and Extensions.SecondEdition. Cambridge Univerty Press, UK, 2009.

PAULANI, Leda M.; BRAGA, Márcio B. A Nova Contabilidade Social: uma Introdução à macroeconomia.4ª. ed. rev. e atualiz. São Paulo: Saraiva, 2012 (2ª tiragem: 2014).

PORSSE, Alexandre A (Coord.). Matriz de Insumo-Produto do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser – FEE, 2007.

RICHARDSON, Harry W. Insumo-Produto e Economia Regional. Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1978.

SANTANA, Antônio Cordeiro (Coord.) et al. Matriz de Contabilidade Social e Crescimento Intersetorial da Amazônia. ADA – Agência de Desenvolvimento da Amazônia, Belém, 2005.

SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS. Séries Metodológicas, Volume 24, 2ª Ed., Rio de Janeiro: IBGE, 2008.

SOUZA, Nali de Jesus de. Desenvolvimento Econômico. 5ª. Ed – São Paulo : Atlas, 2007.

TAA, Ten Raa. The Economics of Input-Output Analysis.Cambridge Univerty Press, UK, 2005.

TABELA DE RECURSOS E USOS DO AMAZONAS/2006 (TRU-AM/2006). Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e Universidade Federal do Amazonas (UFAM).Termo de Acordo de Cooperação Técnica nº 001/2009. Manaus, 2012, disponível em: http://www.suframa.gov.br/publicacoes/trU_AM_2006_rev25_para_Publicacao_Final_.pdf.

TABELA DE RECURSOS E USOS – Pernambuco, 2005. Agência de Planejmento e Pesquisa do Estado de Pernambuco – CONDEPE/FIDEM. Recife, 2010.

TOURINHO, Octávio A. F; SILVA, Napoleão L. C.; ALVES, Yann Le B.. Uma Matriz de Contabilidade Social para o Brasil. IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, texto para discussão, Rio de Janeiro.

 

Currículo dos Professores

Renato Mendes Freitas Mestre em Desenvolvimento Regional pela UFAM – Universidade Federal do Amazonas (2008), possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Amazonas (2008), graduação em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (2000), graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Amazonas (1993), graduação incompleta em Engenharia Mecânica pela UEA – Universidade Estadual do Amazonas, atuando principalmente nos seguintes temas: investimentos, rentabilidade, políticas públicas, desenvolvimento regional, sustentabilidade, mão-de-obra qualificada, engenharia de produção e mercado de trabalho. Foi Coordenador Substituto da Coordenação-Geral de Estudos Econômicos e Empresariais (COGEC) e Assessor Técnico da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) onde é servidor concursado e ocupa o cargo de Economista.

 

Ana Claudia de Azevedo Monteiro Mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com especializações em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas e Direito Tributário e Legislação de Impostos pelo Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas (CIESA), graduação em Direito e Economia pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas. Atualmente, trabalha na Coordenação de Estudos Econômicos e Empresariais da Superintendência da Zona Franca de Manaus.

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