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Modelo Zona Franca de Manaus completa 57 anos

Diretoria Executiva do SIFAM publica nota alusiva aos 57 anos de existência do modelo de desenvolvimento

Nesta quarta-feira (28), a Diretoria Executiva do Sindicato dos Fazendários do Amazonas (SIFAM) divulgou uma nota alusiva às comemorações do 57° aniversário de criação da Zona Franca de Manaus (ZFM).

A seguir, o conteúdo completo da nota dirigida aos atores sociais e políticos, e à sociedade amazonense.

“Neste dia em especial, momento em que se comemora mais um ano de existência da ZFM, nos é estimulante ensejar sobre a digna imagem do Polo Industrial instalado no coração da Amazônia como um modelo que já se mostrou coerente em sua autossuficiência e capaz de manter vívido o ciclo produtivo de retorno à floresta.

Do alto dos seus 57 anos, a ZFM ainda é atualmente o principal indutor de crescimento da economia na região, responsável pela geração de 500 mil empregos entre diretos, indiretos e induzidos, e responde pela arrecadação de dezenas de bilhões de reais em tributos, contribuições para fundos regionais e contrapartidas em P&D.

Apesar de toda pujança, é impossível não lembrar dos embates que este modelo econômico travou ao longo de sua história, com vistas a assegurar meios para o escoamento da produção, as inovações tecnológicas, as melhorias na internet e a permanência do capital intelectual.

Em meio às mudanças paradigmáticas no eixo da reforma tributária que se avizinha, pode-se antever um processo necessário para se alavancar ainda mais essa diversificação produtiva da principal fonte econômica do Estado para que ela siga por caminhos resilientes.

Entre essas alternativas, vemos a bioeconomia (setor sobre o qual nos debruçamos com grandes expectativas), o desenvolvimento do empreendedorismo amazônico e a captação de investimentos em infraestrutura e conectividade, e na revitalização e desenvolvimento dos centros de pesquisa de excelência.

Ultimamente fala-se muito em priorizar o que nos agrega à coletividade, e é por isso que, neste sentido, temos de revigorar os conceitos de respeito, reconstrução, integração e interdependência da floresta em sua biodiversidade, dos povos originários, dos saberes de uma terra com dimensões continentais que se soma, se conhece e se transforma em respostas preciosas para a necessidade de progredir sem prejudicar.

Neste momento, é mais que importante voltarmos a discutir o desenvolvimento socioeconômico sustentável da Amazônia Brasileira, e o modelo ZFM é parte integrante deste processo, podendo contribuir para a interiorização do desenvolvimento e a promoção da bioeconomia.

Mais que comemorar estes 57 anos de existência, precisamos sim consolidar ações concretas para as décadas que virão, e encontrar o ponto de equilíbrio do que queremos para o projeto ZFM pós-Reforma Tributária, e respaldá-lo com as estruturas geniais de biologia molecular e nanotecnológica, para recriar nos laboratórios locais e daí para os processos fabris, em sua dimensão digital, as soluções que a humanidade precisa.”