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Diretoria Executiva participa de fórum de discussão sobre alternativas preventivas para o período de estiagem no Amazonas

A seca histórica fez os maiores rios da Bacia Amazônica atingirem marcas recordes de baixa. Foto: Baltazar Ferreira/Reprodução

Nesta segunda-feira (25), a Diretoria Executiva do Sindicato dos Fazendários do Amazonas (SIFAM) anunciou que deverá acompanhar as discussões presenciais sobre as formas mais eficientes, ágeis e econômicas de garantir o trânsito de cargas e mercadorias sem o impacto das mudanças advindas da estiagem no Rio Negro.

Os debates deverão acontecer durante o 9º Fórum de Logística do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), evento, que acontece do dia 02 a 04 de abril, a partir das 14h30, no auditório Celso Piacentini, bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul.

O fórum traz como fundamento a visão preventiva dos especialistas em desenvolvimento regional e da indústria sobre os cenários da estiagem prevista para 2024, e as possíveis soluções logísticas para o Estado, tema que inclui um antigo pleito da indústria amazonense, o asfaltamento da BR-319.

Questionamento

Além desses posicionamentos alternativos, o evento questiona se a estiagem esperada para o perído de agosto a novembro deste ano terá o mesmo impacto sobre a economia do Estado em relação a igual momento de 2023.

No ano passado, a maior parte da Amazônia brasileira sofreu intensamente os efeitos da emergência climática.

A seca histórica fez os maiores rios da Bacia Amazônica atingirem marcas recordes de baixa, deixando os 62 municípios do Amazonas em estado de emergência, impactando diretamente a economia e o bem-estar, além da própria sobrevivência do bioma.

Efeitos

De acordo com dados do CIEAM, com a continuidade da seca entre outubro e novembro de 2023, o Polo Industrial deixou de importar o equivalente a US$ 1 bilhão em insumos.

Entre os efeitos da estiagem ocorrida nos meses de outubro e novembro do ano passado, o Rio Negro atingiu apenas 12,7 metros de profundidade – o menor nível já registrado na história em mais de um século de leituras realizadas pelo Porto de Manaus, o que impactou a entrega e a saída de produtos do Amazonas.

Conexão

Coincidentemente, neste fim de mês, se comemora os 48 anos da abertura da BR-319, pauta que faz parte da agenda oficial de manifestações do SIFAM para 2024.

Inaugurada oficialmente em 27 de março de 1976, a estrada fazia parte do modelo de integração viária desenvolvido pelo governo da época, se tornando a única conexão terrestre da capital amazonense com o restantes do país a partir de Porto Velho, em Rondônia.

Apesar de ser um antigo pleito, o asfaltamento da BR-319 esbarra numa série de problemas de infraestrutura, entre os quais o principal: grande parte de sua extensão, especialmente nos trechos do meio, não tem condições de trânsito por seis meses do ano, temporada de chuvas na região. Os trechos asfaltados se restringem às proximidades das capitais.

“É inegável a importância estratégica da BR-319 para a chegada de insumos ou escoamento da produção do Polo Industrial de Manaus. Para além do aspecto da integração e desenvolvimento dos municípios no entorno, temos de discutir a expectativa das vantagens sociais, econômicas e logísticas a partir da efetiva recuperação e asfaltamento da rodovia, fatores que precisam caminhar lado a lado com os cuidados para a preservação do meio ambiente”, enfatizou o presidente do SIFAM, Emerson Queirós.