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Centrais publicam nota de repúdio à política de alta nos juros

Integrantes de centrais sindicais fazem protesto em frente à sede do Banco Central contra a taxa definida pelo Copom – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Nesta quarta-feira (19), oito das maiores Centrais Sindicais do país publicaram uma carta aberta de pressão contrária à política de manutenção à alta de juros definida pelo Banco Central para este ano.

Diante da pressão da classe trabalhadora, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide hoje se corta ou mantém a taxa básica de juros, a Selic.

A recente alta do dólar e da inflação e os juros altos nos Estados Unidos trouxeram a indefinição se o colegiado encerrará o ciclo de cortes, que começou em agosto do ano passado, ou se fará uma última redução de 0,25 ponto percentual.

Nas últimas sete reuniões, a autoridade monetária reduziu a Taxa Selic, com seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, na última reunião, em maio.

Centrais

Diante dessa indefinição política, as Centrais Sindicais afirmam que o percentual de 10,5% de juros torna a economia nacional a 2º com juro real do mundo.

Esse fato, de acordo com o conteúdo do documento, gera “um entrave para o setor produtivo, para a geração de empregos decentes e para o consumo, verdadeiro motor da economia”.

Os representantes sindicais ainda afirmam que a politica de juros altos “só beneficia a especulação e o rentismo” (…), além de restringir a evolução do país, a partir da diminuição da capacidade de investimentos em serviços públicos essenciais como educação, saúde e infraestrutura.

“Baixar o juros é fundamental para a retomada do crescimento sustentável, com inclusão do povo trabalhador na economia para além da mera subsistência. A taxa de juros mais baixa proporciona crédito mais acessível para pessoas e empresas, incentiva o consumo. previne a inadimplência e incrementa investimentos em pequenas e médias empresas, entre outros”, ressalta o documento.

Fonte: Pública Central do Servidor